Amanheço com um sorriso de leve no rosto, um sorriso de lembranças da minha infância, daquele tempo tão puro onde nossa maior alegria era brincar na rua de bola de gúde, jogar bola com os amigo, brincar de boneca e casinha com as amigas. Naqueles dias onde nossas felicidades estavam ligadas a coisas tão simples é que sinto falta. Poder sorrir por vontade própria, poder viver livre mesmo preso a tantas coisas, não ter medo de sonhar nunca, isso eu tenho falta.
Porque é tão difícil ser uma eterna criança? Talvez porque os dias em que estamos vivendo não nos permita mais isso, mas acredito que mesmo sem poder, devemos ousar, querer ir mais além, poder esquecer que o tempo esta correndo no relógio, que temos compromissos que podem ser até adiados e, no entanto, damos total importância a eles, devemos esquecer um pouco do mundo em que vivemos e voltar para o que vivia antes, onde éramos felizes sem contar as horas, onde sonhávamos em crescer e continuar da mesma forma.
Hoje tento imaginar as coisas sem o sorriso para poder adaptar minhas idéias aos dias atuais. Como pode um ser humano viver sem sorrir? Como alguém pode desejar a seriedade ao em vez de um belo sorriso que contagia a todos?
Mas como poderia uma nação sorrir se as coisas que mais acontecem são apenas para lamentar e até mesmo chorar? O preconceito, a agressão, assaltos, assassinatos, tudo que nos rodeia faz com que cada vez mais procuremos esconder nosso sorrisos, vejo estampado nas manchetes dos jornais preconceitos contra nordestinos, homossexuais, negros, deficientes físicos. Onde isso vai parar? Quando será que as pessoas vão acorda e perceber que o mundo é muito maior do que a imaginação fútil e até mesmo irracional de todos esses que descriminam?
Não entendo e nunca entenderei o que leva uma pessoa a discriminar, será que elas não percebem que isso fere e muito a quem sofre com o ato? Só queria que elas ficassem no lugar deles por um dia, apenas um dia para poder sentir o que passam, daí queria ver se eles iriam fazer o mesmo de antes.
Somos tão inteligentes parar tantas coisas, porque temos de ausentar nossa inteligência justamente nessas horas? Vamos fazer tal qual nossas crianças que amam e unem-se aos outros sem olhar para cor da pele, para o sexo, ou para o lugar de onde eles vieram, ate porque, no final de tudo, somos todos iguais.
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